Alexandra Fonseca, representante de Rio Preto, Guapiaçu e região no 6º Congresso Nacional da Rede Sustentabilidade presenciou uma verdadeira "briga" política envolvendo a atual ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva (Rede-SP), na sexta-feira,11, em Brasília, no Distrito Federal.
Durante o procedimento padrão, a ministra foi solicitada a apresentar um documento de identificação. Em resposta, questionou a equipe de credenciamento sobre o desconhecimento de sua identidade. A fala foi interpretada por alguns presentes como uma reação de insatisfação com o protocolo adotado.
Marina Silva é conhecida por afirmar que “ninguém está acima da lei” — uma frase que se tornou marca de sua trajetória política. No entanto, alguns presentes interpretaram a reação de Marina Silva no momento do credenciamento como uma postura contraditória, já que ela inicialmente questionou a exigência do documento.
Apesar do desconforto inicial, a ministra entregou seu documento de identificação, como previsto pelas normas do evento. Antes disso, fez uma breve fala relatando a origem do seu nome, como forma de contextualizar sua trajetória e destacar sua identidade.
Um elemento relevante do episódio é que o responsável pelo credenciamento usava uma camiseta que identificava seus transtornos de TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) e TEA (Transtorno do Espectro Autista).
A discussão gerou um ambiente de barulho e tensão que, segundo relatos de bastidores, causou desconforto ao colaborador. Mesmo após contornarem a situação sem maiores consequências, participantes e observadores passaram a debater a importância de ambientes acolhedores e respeitosos, sobretudo para pessoas neurodivergentes.
Segundo fontes ligadas à organização do congresso, todos os participantes, inclusive dirigentes partidários e parlamentares, devem apresentar documentação para fins de segurança e controle interno. A exigência faz parte das regras adotadas pela comissão organizadora desde as primeiras edições do evento.
A Rede Sustentabilidade e o Ministério do Meio Ambiente ainda não divulgaram nota oficial sobre o ocorrido.
O desentendimento durante o credenciamento de Marina Silva no congresso da Rede reforça que figuras públicas também devem respeitar os protocolos. Também reforça a necessidade de atenção à inclusão de pessoas com condições específicas, como o TDAH e o TEA, em eventos políticos e institucionais.
A situação foi pontual, mas oferece um importante ponto de reflexão sobre empatia, respeito institucional e coerência entre discurso e prática.
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