Esquerda! Direita! Marchem ao abismo!

Nesse plantel transloucado e desatinado de pleitear uma vaga em qualquer cargo público como é em uma cidade colonial do agronegócio como essa de Rio Preto, onde um líder que se diz de esquerda faz e ou pratica voto de cabresto, sim voto de cabresto em um púlpitopúblico da casa de vereadores: "ordenando sutilmente" que não vote neste ou naquele vereador e ou sigla partidária; eu me sinto como cidadão preto ao qual já teve uma trágica história de família passada na Bahia nos anos sessenta pra setenta, me sinto no mínimo voltando aquele horror que viveu minha família e se pode e se vive o povo desta cidade, onde muitas  famílias foram mortas, arrancadas de suas terras por coronéis e políticos da época, conhecido como "Êxodos forçado nos anos sessenta." Marcado em nossa recente história.

Porém, como homem negro, também venho observando e já não é de hoje, pois tenho trabalho público também, como Educador na Fundação CASA, percebo o que há muitos dos que acham mandar na cidade são hostis e ou até nos ignoram pra ser razoável.

Fui Conselheiro do Conselho Afro, conheci e tive a oportunidade de sentar-me uns instantes com o senhor Aristides dos Santos e em uma prosa ou outra a entender que isso é de raiz aqui desta cidade, seja quem for, esquerda ou direita eles vão fazer de tudo para manter um status e ou um "poder", mesmo que tenham de ameaçar. E neste caso em sua oratória ouvi e vi o senhor Aristides contar variados exemplos...

O que não podemos, nós pretos, de origem humilde é nos iludir com a cor do olhos e os seus falsos brilhos, não podemos esquecer de onde viemos, muito menos que a hora que vem o sacode, seja esquerda ou direita se voltam sempre contra a gente e ponto.

Sou preto, ameríndio e poeta e penso numa renovação daquela casa, mas numa renovação de verdade! Numa renovação que realmente dê espaço aopovo e tendo o povo lá dentro como representante. Penso e ouço o povo cansado do mesmo, seja de qualquer lado e quando ouço e ou vejo atitudes de retrocesso, e pessoas bipolares, isso me causa estranheza e repúdio! Nosso povo preto, ameríndio ou o que o valha, tem que refletir sobre essas coisas, nosso povo preto, pobre e periférico, pois "quando o chicote estrala, é sempre pro nosso lado, é sempre no nosso lombo...”

Temos de agir e essa ação começa pela mudança de paradigmas, e paradigmas políticos de verdade!

Como canta o nosso rapper Djonga, "nos continuamos tomando no centro..."

*O artigo acima é uma coluna de opinião pessoal de Ivan Reis, não possuíndo o portal O Noroeste quaisquer vículos com o texto.*

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