Esta é a última semana para visitar, em São José do Rio Preto, um dos recortes da 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível, em parceria com o Sesc São Paulo. A mostra permanece no Sesc Rio Preto até domingo, dia 26 de maio, com visitação gratuita e aberta ao público. Com curadoria de Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel, a exposição foi um sucesso em 2023, recebendo aclamação tanto do público quanto da crítica.
Nesta última semana, estão programadas diversas atividades vinculadas à exposição: duas oficinas, um bate-papo, três performances e uma vivência com temas relacionados à mostra.
Entre os destaques, está a série de performances do projeto Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda., com os artistas Antonio Gonzaga Amador e Jandir Jr. de sexta (24/5) a domingo (26/5). Antes, na quinta (23/5), eles conduzem o bate-papo “Não toque, isto é arte! - A educação sob vigilância”, em que abordam o processo de criação do trabalho. Nas performances, vestindo uniformes de segurança enquanto simulam uma jornada de trabalho nada comum, os artistas e idealizadores da série propositalmente criada para instituições de artes realizam ações inusitadas que rompem com o padrão de comportamento esperado, e questionam os papéis - e a marginalização - dos funcionários que trabalham nesses lugares, que são frequentemente atribuídos à uma “alta cultura” e erudição.
O Sesc Rio Preto recebe um recorte especial com 12 participantes da 35ª Bienal de São Paulo: Aurora Cursino dos Santos, Carmézia Emiliano, Colectivo Ayllu, Frente 3 de Fevereiro, Januário Jano, Katherine Dunham, Luana Vitra, Marilyn Boror Bor, Maya Deren, Rommulo Vieira Conceição, Ubirajara Ferreira Braga e Zumví Arquivo Afro Fotográfico. A abertura aconteceu em 5 de março.
A mostra lança luz aos problemas que atravessam o cotidiano e, por meio de múltiplas linguagens artísticas, propõe uma contradança entre as dificuldades que inviabilizam a plenitude da vida e a arte que, com beleza e encantamento, se recusa a reencenar a violência, em um ensaio coreografado do possível em um mundo de impossibilidades.
Até 26/5, domingo
Terça a sexta, das 13h às 21h30
Sábado, domingo e feriado, das 10h às 18h30
Agendamento de grupos: [email protected].
Convivência. Grátis. Autoclassificação livre. Braile. Libras.
Oficina - Ervaria: tecnologia ancestral do cuidado
Com Lincoln Caio e Juliana Mogrão, educadores da exposição
Esta oficina apresenta as práticas de cuidado realizadas há séculos pelos povos negros e indígenas no Brasil, através do manuseio de ervas - uma tecnologia ancestral utilizada para o tratamento medicinal e na promoção do bem-estar, discutindo sobre o poder e a cura advindos da natureza em um mundo cujo o uso excessivo de medicamentos cresce intensamente.
Dia 22/5, quarta, 19h
Espaço Oficina 1. Grátis. Autoclassificação 16 anos. Inscrições limitadas no local.
Bate-papo - Não toque, isto é arte! - A educação sob vigilância
Com Antonio Gonzaga Amador e Jandir Jr., artistas
Nesta ação vinculada à Mostra itinerante da 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível, os artistas e idealizadores da série de propostas performáticas “Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda.”, falam sobre o processo criativo e a construção desse projeto que questiona as contradições das instituições de artes, denunciando a marginalização das pessoas que trabalham nesses locais, através da sátira e da quebra de expectativa causada por ações inusitadas enquanto trajam uniformes.
Dia 23/5, quinta, 19h30
Sala de Uso Múltiplo. Grátis. Autoclassificação 14 anos. Inscrições limitadas no local.
Performance - Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda.
Com Antonio Gonzaga Amador e Jandir Jr., artistas
Trajando uniformes de segurança enquanto emulam uma jornada de trabalho nada comum, os artistas e idealizadores desta série de propostas performáticas propositalmente criada para instituições de artes, Antonio Gonzaga Amador e Jandir Jr. realizam ações inusitadas que rompem com o padrão de comportamento esperado, e questionam os papéis - e a marginalização - dos funcionários que trabalham nesses lugares frequentemente atribuídos à uma “alta cultura” e erudição. Ação vinculada à Mostra itinerante da 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível.
Dia 24, sexta, 14h às 22h (performance “Frestas”). Dias 25 e 26, sábado e domingo, 10h30 às 18h30 (performances “Isopor” e “Nada!”, respectivamente).
Convivência. Grátis. Autoclassificação 14 anos. Lugares limitados.
Oficina - Tecendo Legados: Ritmo Ancestral em Cores e Movimento
Com Júnior Teixeira e Lincoln Caio, educadores da exposição.
Ação vinculada à Mostra itinerante da 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível. Tomando a frase-pensamento “Aqui, numa coreografia de retornos, dançar é inscrever no tempo”, presente na 35ª Bienal, essa oficina objetiva explorar através do corpo infinitas possibilidades de expressões e formas. Criar, sem ensaio prévio, coreografias espontâneas de corpos em movimento, traçando uma linha entre o absurdo e o impossível, em uma descoberta coletiva e individual, proporcionando uma vivência física que estimule a criatividade e a conexão com diferentes dispositivos, sonoros, visuais e táteis. Por fim, a oficina será um estimulo à discussão de temas presentes nas obras de alguns artistas da 35ª Bienal, colocando-os em prática por meio dessa atividade de expressão corporal.
Dia 25/5, sábado, 14h às 15h
Sala de Múltiplo Uso. Grátis. Autoclassificação 14 anos. Inscrições limitadas no local.
Vivência - Meu pensar é coletivo: carta aberta ao passado e futuro
Com educadores da exposição.
Ação vinculada à Mostra itinerante da 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível. Inspirada na obra “Bordar-land: las cartas son el tejido [as cartas são o tecido]”, do Colectivo Ayllu, presente na itinerância da 35ª Bienal de São Paulo, os participantes poderão refletir de modo lúdico sobre o passado ancestral, futuro, imagem, palavra e as fricções sociais cotidianas, a partir da produção colaborativa de uma “carta aberta”, utilizando a técnica de colagens de materiais diversos. O Colectivo Ayllu é um grupo colaborativo de pesquisa formado por artistas integrantes do coletivo - composto por Alex Aguirre Sanchez, Leticia/ Kimy Rojas Miranda, Francisco Godoy Vega, Lucrecia Masson Córdoba e Iki Yos Piña Narváez Funes - e colaboradoras selecionadas em chamada aberta. O grupo realiza, por meio de painéis, uma escrita de cartas para ancestrais passadas ou futuras. Para isso, utilizam materiais diversos e tecidos trazidos pelas participantes tecendo uma grande colcha composta por mensagens diversas, costurando uma fuga do cotidiano, saturado pelo capitalismo e a imposição brutal para “ser civilizado”.
Dia 26/5, domingo, 14h às 15h
Área de convivência. Grátis. Autoclassificação 14 anos. Inscrições limitadas no local.
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