No quesito Restaurante: 10! No quesito Falo Mal de Showmício Alheio, Querendo Promover o meu Próprio: 10! Os blocos Unidos da Demoniocracia e Cozinha Barbecue que Arrota Caviar se uniram num “Frevo Rasgado” para chorar suas lágrimas de crocodilo.
Xô contá um causo prucês! Aqui na cidade dos fazendeiros tá assim: quem pensou que seria muito diferente, só virou mais um dos inúmeros coronéis que sucumbiram às minorias. Diz que “ês critica” o agro, mas esconde seu belo cavalo de pelos macios e tem um armário, bem escondidinho, onde guarda seu chapéu e sua pomposa bota de couro. De vez em quando eles abrem o armário e abraçam com tanto carinho “aquelas coisa”, como quem quisesse chamar de suas. E quem é bobo de não sonhá com um poder desses, né messss!?
Enquanto isso, quando a gente vira às direita, quase falida, porém não vencida, as pessoas tem um cadin de dificuldades em dialogar, portanto gritam com seus brados tão retumbantes que estremece até os trilhos da estação. Espia só, o prédio tá tremendo tanto, que num sei cadiquê saiu inté dinheiro pelas janelas. Um trem de doido, só cê vendo.
O pió é que nessas disputas de famílias importantes, em que um quer ser mais barão que o outro, sempre tem o coronelzinho que se apaixona pela sinhazinha. O enredo é igual, o casal é impedido de se beijar, por causa das divergências entre as duas famílias, mas terminam felizes para sempre na CASA BRANCA..
Só que pras bandas de cá eles num me cismaram de pular carnaval juntos? Pois é, antes mesmo de se casarem tava lá os dois, sinhazinha e coronelzinho dançando juntos. Diz que o motivo era o dinheiro que eles precisavam levantar para poder realizar a festa, pois nem pai da noiva e nem pai do noivo tem poder pra isso mais. E teve concurso que eles num respeitaram os jurados foi nada, passaram tudo por cima dos artistas, foi uma lambança danada! Mas o importante é que eles conseguiram levantar o dinheiro e retomar o prestígio das famílias, né não!?
É como diz aquela música de caranval que minha mãe cantava “atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu”. E quem já morreu não tá aqui pra contar. Os mesmos que levantam a bandeira de Marielle, a assassinam todos os dias, quando perseguem mulheres negras no ninho dos partidos, dos movimentos sociais ou em qualquer lugar de atuação política.
Do lado da milícia sempre esperamos a bala, mas do lado do “amô” ela dói mais, porque vem embrulhada em papel de bombom e parecendo doce, transpassa as camadas da desigualdade até chegar aonde a corda mais arrebenta: na mulher negra, aquela que morre e não pode brincar nenhum samba de carnaval.
Não dá para se fantasiar de inclusivo, excluindo a parte mais vulnerável da sociedade. Que máscaras caiam neste carnaval, para que o novo possa brilhar.
Ah! E antes que eu me esqueça, neste carnaval para não desidratar novamente, bebam bastante água, desta maneira poderão chorar mais com suas lágrimas de crocodilo, com dois erres ao final.
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