No último dia 26 de junho, a Lei nº 13.010/2014, conhecida como Lei Menino Bernardo (Lei da Palmada), completou nove anos e segue vigente. Portanto quem faz apologia à agressão infantil está infringindo a Lei e merece repúdio e processo.
Não será utilizando falsas falácias sobre o incentivo de mudança de sexo infantil, por exemplo, que as pessoas conseguirão eliminar a comunidade LGBTQIAP+, muito menos trazendo de volta o discurso de ódio contra as crianças. Falta chinelo para muito adulto que deseja retroceder em pautas que já avançaram em todo o mundo.
A comunidade LGBTQIAP+ existe e continuará existindo e resistindo. Assim como outras comunidades como a apoiadores da legalização da maconha e do aborto. Quem não sabe conviver com o diverso, deveria enfiar o diploma de jornalista na sacola e pendurar a chuteira, já que não sabem se informar. A liberdade de expressão garante o direito da imprensa se expressar, mas não autoriza discurso de ódio disfarçado de preocupação com crianças.
Quem está realmente preocupado o futuro das crianças pauta educação e direitos básicos, como alimentação, moradia, higiene, cultura, além da luta contra o trabalho infantil, que ainda existe no país.
Se os conservadores e conservadoras estivessem realmente preocupados com a infância, não votariam em um candidato que ao invés de incentivar a educação pega na mão de uma criança e a ensina a fazer o sinal de arma.
Aquelas pessoas que se dizem superiores por se preocupar com os pequenos, pensariam duas vezes antes de votar em um candidato que diz ter pintado um clima com uma adolescentes de idade entre 13 e 14 anos.
Também não elegeriam e ovacionavam uma senadora que culpa a falta de roupa Íntima pelos constantes estupros no Marajó. Eis a hipocrisia daquelas e aqueles que querem atacar grupos sociais. Mas falta coragem para lutar pelo que realmente vale a pena.
Que jornalismo de beira de estrada é esse que prega ódio contra crianças? Que sugere o retorno da agressão infantil? Que demoniza a comunidade LGBTQIAP+ e tantos outros grupos? Que não apura, não procura se aprofundar sobre os mais diversos temas, que é incapaz de vislumbrar pontos de vistas diversos do seu? Eu respondo, é o jornalismo parcial, com viés da extrema política do ódio, o jornalismo da boca do lixo, o jornalismo mal intencionado, aquele mesmo que sempre serviu aos interesses dos grupos mais favorecidos e abastados da sociedade brasileira. O jornalismo incapaz de fazer jornalismo de verdade, o das meias mentiras, da confusão mental, do pastoril, aquele que leva o rebanho para pular do penhasco. A imprensa que deixa seu apoio aos mais baixos golpes nas entrelinhas, camuflado de preocupação com os mais vulneráveis. São pessoas que como a própria bíblia que eles usam para atacar as pessoas diz, "aparência de piedade", mas por dentro são cruéis e fedem como sepulcros caiados - a saber, sepulcro caiados é a expressão usada para dizer que uma coisa pode aparentar beleza superficialmente, mas por dentro está podre - é assim que vemos pessoas que ferem a existência das outras utilizando de um argumento baixo.
Rio Preto não aguenta mais essas tentativas de golpe contra corpos, existências, causas e agora, também, contra crianças. Acordem!!
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