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Narrativas Pretas, máscaras brancas...

Inspirado na leitura de Frantz Omar Fanon e Neusa Santos Souza

18/04/2023 às 14h20
Por: Ivan Reis
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Narrativas Pretas, máscaras brancas... Foto: Canva
Narrativas Pretas, máscaras brancas... Foto: Canva

Na narração da história, da trajetória do povo africano desde Kemet, com suas culturas plurais, seus estudos e tecnologia, isso contando com a preocupação a respeito do bem estar comum, muito se copiou, muito se destruiu e muito fora roubado a céu aberto de nossa história AFRIKANA. Por várias e várias invasões a mãe África desde os anos dois mil antes de Cristo.

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Tendo em vista tudo o que um cidadão negro no mundo hoje, que tem origem, e sabe de sua origem e ou luta, registra a sua consciência e trajetória de sua ANCESTRALIDADE, e na maioria das vezes sofre não só críticas destrutíveis, porém ataques na sua já dolorosa escreviência e ou narração dos fatos históricos e de oralidade trazida por avós, bisavós e tais.

No Brasil o povo Preto no seu dia a dia sofre há séculos um esvaziamento: "não sabe quem de fato é, não sabe de onde vem, desconhece sua origem e ou etnia”. (Não se preocupa) Tal esvaziamento é herança da colonização corporal de (de propriedade) que quando no período tenro da escravidão o colonizador punha como "desculpa" a questão do trabalho escravo como fonte para o desenvolvimento econômico e de sustentação da Província e ou Estado. No livro de Neusa Santos Souza "Tornar-se Negro" descobrimos que não basta nascer Negro, temos que tomar partido de nossa etnia e ou raça, temos que estudar e ou pesquisar, ter interesse em nossa ancestralidade, origem e temos que ter ações afirmativas a respeito. 

Porém, quantos homens ou mulheres têm acesso a tais livros? Quantos homens e mulheres são alfabetizados e ou quantos homens Pretos conseguem romper o ensino médio? Tornado mais difícil a conscientização de raça ou etnia, tornando um abismo social e vital na questão do letramento étnico/racial para todos, todas e todxs

Onde o embranquecimento toma conta, o esvaziamento assola e a falta de pertencimento aniquila.

Faz-se necessário nossa luta no resgate da irmã e ou irmão que se perdeu no caminho, faz-se necessário esta guerra não declarada a um "aparteid" histórico e ou social vivido, um hiato, vivido nas periferias de nossa casa e do mundo. É urgente e necessário que estejamos no front de tudo isso, direcionado e somando um a um nesta tarefa de trazer a origem de sua própria vida.

Ele não que sabe está nesta perdição por não entender essa guerra de poder que envolve o seu dia a dia na questão social, econômica e espiritual. Ele não consegue entender, por desconhecer muitas vezes a sua própria história com cidadã e cidadão do mundo.

É urgente cada ação afirmativa no intuito de trazer essas vidas a sua origem e seu retorno para o bem de nós, na eliminação da dominação branca, e na liberdade reparação, com equidade e igualdade. Um bem realmente comum, sem a dogmática de separação e desestrutura moral e ou espiritual de nosso povo. É urgente e vital.

 Uma abraço, axé!

Visite minha coluna: Palavra Preta

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