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A quem interessa o pânico e os massacres nas escolas brasileiras?

A insegurança dos responsáveis, pânico das crianças, a falta de saúde mental de adolescentes, mortes e o caos, ou tudo isso junto pode ser interessantes para alguém (s)? PODE!!

11/04/2023 às 15h45
Por: Elis Bohrer
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A quem interessa o pânico e os massacres nas escolas brasileiras? Foto: Canva
A quem interessa o pânico e os massacres nas escolas brasileiras? Foto: Canva

Este artigo não se trata de mais uma "teorias da conspiração", mas da sequência de fatos que vêm tendo seus desdobramentos no Brasil. Trazemos uma análise sobre os ataques verdadeiros às escolas, que deixaram vítimas, e sobre os fictícios, que são aqueles que ficam no campo da imaginação das mentes criminosas. Mas também vamos refletir um pouco sobre os interesses por trás de ambas as situações.

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Vemos frequentemente, grupos, majoritariamente com viés político de esquerda, atacando o ex-presidente, Jair Bolsonaro, por diversas desgraças herdadas pelo atual governo Lula. Será que é uma guerra entre direita e esquerda, um antagonismo exacerbado, a tal da polarização? Ou esses críticos têm razão quando culpabilizam a ex-gestão pelos frutos amargos que estamos colhendo hoje?

Com enfoque nos massacres cometidos ou planejados contra as escolas, podemos destacar quando foi que a educação começou a ser desmontada ideologicamente, para que pudéssemos chegar ao ponto desta tentativa de desmonte, agora físico. Vamos a uma cronologia, recordar é viver! 

2016 - A Proposta de Emenda Constitucional tramitou na Câmara dos Deputados como PEC 241 e, no Senado Federal, como PEC 55. Em 10 de outubro de 2016, foi aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados por 366 votos a favor, 111 contrários e duas abstenções. Esta PEC propunha o congelamento dos gastos públicos, incluindo a Educação (Governo Temer).

2017 - Início do Novo Ensino Médio.

2018 -  Disparo de notícias falsas (fake news) sobre profissionais da educação, como por exemplo a distribuição de "kit gay" e oferecimento de mamadeira erótica nas escolas. 

2019 - Governo federal corta 30% das verbas para Universidades Federais. 

2019 - Projeto para privatizar o ensino básico. 

2019 - Tentativa de arquivamento do Plano Nacional de Educação.

2020 - Retrocesso na educação inclusiva. 

2020 - Falta de conectividade dos alunos para aulas remotas (muitas crianças e adolescentes ficaram sem estudar por falta de dispositivo e/ou acesso à internet). 

2021 - MEC continuou negligenciando a Covid-19. Sem a promoção do mapeamento sobre o impacto da crise sanitária na educação, o Ministério da Educação ignorou os apontamentos da Unicef em relação à erosão do ensino no país. 

2021 - MEC traz como única proposta para sanar os impactos da pandemia a homeschooling (escola em casa), muito criticada pelos profissionais da pedagogia. 

2021 - O retorno das escolas cívico militares. Governo prevê a inauguração de 216 escolas com sistemas diferentes das tradicionais e coordenadas pelas forças armadas

2022 - Bloqueio de R$ 3,2 bilhões destinados ao MEC. 

2022 - "Gabinete Paralelo" no MEC. Indícios de corrupção mostrando que religiosos ligados a Milton Ribeiro (secretário na época) e sem qualquer vínculo com a administração pública atuaram como lobistas na distribuição de verbas federais do FNDE para municípios.

2022 - Novo Fundeb tem recursos ameaçados.

"Mas o que tudo isso tem a ver com os ataques e tentativas ou planejamento de ataques às escolas, Elis?" Talvez você esteja se perguntando. Estou tentando te mostrar que antes de ir para o "téti A téti" as escolas começaram a ser atacadas politicamente. Estes ataques foram formados no bojo neoliberal brasileiro que viu na crise econômica da última gestão do PT, de Dilma, a oportunidade mais ampla para desmontar tudo o que foi construído por meio dos programa sociais de Lula, também do PT, durante seus mandatos bem sucedidos.    

Michel Temer e Jair Bolsonaro até tentaram, em alguns âmbitos tiveram êxitos temporários, em outros não. Mas o que ocorre é que a não aceitação dos resultados das urnas, que nós comunicadores chamamos de "quarto turno" ainda vigora. O caos é interessante para descredibilizar o atual governo, e conseguir um possível impeachment de Lula. 

Nada como um país inseguro para apresentar uma proposta como essa, tal qual ocorreu em 2016. 

A quem interessa os ataques em escolas e as fakes news ou divulgações reais avisando sobre ataques? 

Além da sede daqueles que desejam retornar ao poder em nível nacional, dos que não prezam por uma sociedade com acesso fácil à educação, ao conhecimento empírico. Do interesse de uma elite que não estima nenhum pouco que os desfavorecidos tenham oportunidades iguais a dela de serem educados. Os ataques em escolas podem também ter ligação com as plataformas digitais. Já que por meio delas é possível monetizar, ou seja, lucrar seja com notícias falsas ou verdadeiras. 

A exemplo, o Twitter, que nesta semana ao receber um pedido do Governo Federal Governo para remover mais de 400 contas por apologia a ataques em escolas, respondeu, mediante seu advogado no Brasil, que os perfis que ovacionam os assassinos de crianças, em ataques escolares, não violam os termos de uso da rede, e que se trata de "liberdade de expressão" e não apologia ao crime.

Uma coisa complementa a outra?

Você sabia que quanto mais agressivo se fala nas redes sociais, mais engajamento uma conta consegue ter? E quanto mais agressivo for o vídeo, melhor para performar com os algoritmos e automaticamente maior é alcance de um conteúdo? Uma coisa leva a outra! Discurso de ódio/funcionamento das redes sociais/interesses políticos/ondas de estímulos mentais/neurociência nas redes sociais/política armamentista/predisposição ao crime/crise econômica/problemas sociais/insegurança/caos. 

Estaria eu criando uma teoria muito absurda ou está tudo interligado? 

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