A palavra-chave “Acompanhantes Rio Preto” ocupa a oitava colocação de buscas no Google para a cidade, é o que revela a plataforma Sumrush, uma das mais usadas entre os profissionais da comunicação, sobretudo por coletar informações sobre palavras procuradas na internet através dos mecanismos de pesquisa do Google e do Bing.
A busca em questão tem o volume superior a 18 mil por mês. Outras palavras que se relacionam com a grande procura na internet, além das variações plural e singular da mesma palavra-chave são: acompanhantes travestis, com 470 buscas mensais, acompanhantes trans, com 110 buscas mensais, acompanhantes masculinos, com 605, acompanhante de luxo, com 210 buscas, acompanhantes em Rio Preto com local, com 70 buscas e a busca pela palavra garoto de programa em Rio Preto, que é de 1.600 mensais.
Além do oitavo lugar, “Acompanhates Rio Preto” é encontrada na décima sexta posição da plataforma, enquanto que outra palavra semelhante, “garota de programa em Rio Preto” está na quadragésima primeira colocação.
As vendas virtuais de produtos e serviços tiveram um grande aumento nos últimos anos. Com uma das profissões mais antigas do mundo não foi diferente.
Antes o contratante precisava ligar para agendar um horário com a (o) contratada (o), atualmente basta agendar através de plataformas específicas, sites ou enviar uma mensagem. O que otimiza o tempo de quem busca por tais serviços. Entretanto o que diferencia ele dos demais é que para sua conclusão é preciso haver um encontro entre cliente e acompanhante.
Em 2002 a profissão de prostituta foi reconhecida pelo Estado brasileiro, mesmo ano em que o ofício recebeu Classificação Brasileira de Ocupações pelo Ministério do Trabalho, que compreende como profissional do ramo: profissional do sexo, garota de programa, garoto de programa, meretriz, messalina, michê, mulher da vida, prostituta, puta, quenga, rapariga, trabalhador do sexo, transexual (profissionais do sexo) e travesti (profissionais do sexo).
Portanto quem atua na prostituição tem o direito de recolher contribuições previdenciárias, auxílio doença e aposentadoria, como qualquer outro trabalhador comum.
A prostituição ainda é um tabu para a sociedade brasileira e toda falta de diálogo leva a definições errôneas sobre os mais diversos assuntos.
Vender o próprio corpo consciente do que se está praticando não é crime, mas a exploração sexual sim.
De acordo com artigo 230 do Código Penal, é considerado crime “tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazendo se sustentar no todo ou em parte por quem a exerça”.
Profissionais do sexo são comumente presas pelos delitos de Ato Obsceno (art. 233 do Código Penal), ou Importunação Ofensiva ao Pudor (art. 61 da Lei de Contravenções Penais).
Com praticamente uma igreja por esquina, Rio Preto é uma cidade que cresceu em termos geográficos, mas tenta conservar costumes religiosos de outros tempos.
Reduto do então presidente da república Jair Bolsonaro, da extrema direita conservadora, o município muitas vezes tenta velar práticas inerentes à sexualidade de seu povo. Visto que a maioria dos vereadores se recusam a aprovar projetos como o Conselho Municipal da Diversidade Sexual e de Gênero. E como bem sabemos, os representantes eleitos pela população possuem, em grande parte, as formas de legislar e executar compatíveis com quem os elegeu.
A liberdade e o prazer sexual feminino e relações homoafetivas ainda são vedados por boa parte da população rio-pretense. Isso explica os volumes grandes de buscas por acompanhantes do sexo masculino.
Se temos mais mulheres insatisfeitas sexualmente ou um maior número de gays não sabemos. O fato é que há grande demanda para o comércio do corpo masculino na cidade, tal qual ocorre com os corpos femininos. O que merece reflexão e esforços para que todas as pessoas tenham seus direitos sexuais garantidos não apenas por lei, portanto moralmente e socialmente.
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